Ela
fez tudo por ele. Primeiro teve que enfrentar o preconceito alheio, que não
aceitava o fato de ela “branquinha” ir morar com um “negrinho”. Ela nunca
deixou de trabalhar, porque conhecia a tendência dele ao desemprego, sua fácil
inclinação ao ócio, e por muito tempo o sustentou. Sempre se dedicou a sua
condição de esposa, deixava o lar impecavelmente organizado, dava-lhe muito
mimo, defendia-o das críticas de seus familiares. Ela calou muitas vezes seu
ciúme, controlou os impulsos provocados pela TPM, tolerou às frequentes vezes
que ele passava a noite fora de casa. Foi chamada de submissa, conivente,
fraca. Soube como ninguém demonstrar seu amor, sua paixão e seu carinho. Fez
tudo por ele, mas em vão. Na primeira oportunidade, ele a deixou.
MINICONTOS DE ALEXANDRE CAMPANHOLA
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