Quem
sabe não era a maior loucura de sua vida. Elizabeth era incapaz de relutar
contra a atração que sentia por Christophe. Desde que o avistou pela primeira vez
em uma despedida de solteira, quando foi levada quase à força, sob
impressionante insistência, ela não conseguia mais evitar sua presença naquela
boate, para admirar seu Gogo Boy predileto, aquele que fazia seu sangue arder
nas veias. Estudante de Direito, filha de desembargador, educada em colégio
suíço, agora ela era simplesmente uma moça que queria ser agarrada pelos braços
musculosos do rapaz, molhar-se com seu suor, sentir os lábios dele sugarem os
seus e viver em meio àquela vida devassa de sensualidade. Ela o amava, após
noites e noites de divertidas conversas no bar, quando a dia ameaçava
despontar. Namoravam até o amanhecer. Tudo parecia bem, até ela se decepcionar
ao visitar o apartamento dele, e descobrir que era um universitário careta,
futuro Biólogo, que adorava ler as obras de Nietzsche.
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